Corpo e gênero nas práticas inclusivas de Ginástica Para Todos na Educação Física Escolar

Abstract

O objetivo desse ensaio teórico é refletir e analisar as práticas de inclusão que permeiam a Ginástica para Todos (GPT) na Educação Física Escolar, atentando-se às relações sociais de corpo e gênero. A constituição da inclusão ao longo do processo histórico, desvela uma cultura de exclusão/segregação com estereótipos e rotulações que se expressam nos corpos e nas questões de gênero, e traduzem uma representatividade mascarada por desigualdades sociais e culturais. Por suas características constitutivas, a GPT pode elucidar sujeitos que lutam, resistem e se colocam frente aos estereótipos e às desigualdades de corpos e gênero, criando oportunidades para interação, sociabilidade e inclusão. A GPT possibilita experiências com maior liberdade de movimento, de composição e inclusão das diferenças. Por fim, a GPT se apresenta como uma excelente alternativa para a abordagem de incluir os corpos e gêneros na Educação Física Escolar.

The article aims to reflect and analyze the process of inclusion practices that permeate Gymnastics for All in Physical Education at school, paying attention to the social relations of body and gender. The methodology follows the perspective of a narrative review, using sources that discuss Gymnastics for All, inclusion, the body, and gender. The constitution of inclusion throughout the historical process reveals a culture of exclusion/segregation present in humanity. The numerous stereotypes and labels that are present in the image of the body itself reflect a pseudo representativeness that is masked by social/cultural influences. As well as other content applied in Physical Education at school, Gymnastics for All has the role of elucidating subjects who struggle, resist and face difficulties in a selective and hegemonic context, providing participants with an integration, interaction, and sociability, without distinction that is appropriate for the bodies of men and women. This practice makes experience possible without reinforcing the movements that are instituted by society according to gender. Finally, GPT presents itself as an excellent alternative to the approach of including bodies and genders in Physical Education at School.

El objetivo de este ensayo teórico es reflexionar y analizar las prácticas de inclusión que permean la Gimnasia para Todos (GPT) en la Educación Física Escolar que atentan las relaciones sociales del cuerpo y género. La constitución de la inclusión a lo largo del proceso histórico, devela una cultura de exclusión/segregación con estereotipos y rotulaciones que se expresan en nuestros cuerpos y en las cuestiones de género, y traducen una representatividad enmascarada por desigualdades sociales y culturales. Por sus características constitutivas, la GPT puede dilucidar sujetos que luchan, resisten y se colocan frente a los estereotipos y a las desigualdades de cuerpos y género, creando oportunidades para interacción, sociabilidades e inclusión. GPT posibilita las experiencias con mayor libertad de movimiento, de composición e inclusión de las diferencias. Finalmente, la GPT se presenta como una excelente alternativa para el abordaje que incluye los cuerpos y géneros en la Educación Física Escolar.