En español
Existe evidencia que respalda la implementación de intervenciones basadas en música en la modulación cognitiva, atribuyendo su efecto al estado emocional que la música puede inducir. Dependiendo de las características intrínsecas de la música se plantean dos categorías: activantes o relajantes. En la literatura, suelen utilizarse piezas de repertorio europeo; sin embargo, se desconoce si es posible alcanzar efectos semejantes utilizando piezas de un repertorio culturalmente más próximo a la población argentina. Para abordar este interrogante, se llevaron a cabo dos estudios que indagaron las características musicales y emocionales de las piezas de repertorio europeo utilizado habitualmente en la literatura (estudio 1) y una selección de piezas latinoamericanas (estudio 2). Luego de un análisis de aspectos musicales, 46 (estudio 1) y 252 (estudio 2) participantes argentinas/os evaluaron mediante una escala de nueve puntos, indicando cuán excitante o relajante (arousal) y cuán feliz o triste (valencia) resultaba cada pieza. Los resultados mostraron que las relaciones entre los parámetros musicales y el efecto emocional podrían variar respecto de las planteadas en la literatura. En cuanto al impacto emocional, no se encontraron diferencias por origen. Estos hallazgos indican que las piezas latinoamericanas seleccionadas inducen estados comparables a las piezas europeas utilizadas habitualmente, permitiendo contar con herramientas de investigación más cercanas a la población.
En portugués
Há provas que apoiam a implementação de intervenções baseadas na modulação cognitiva, atribuindo o seu efeito ao estado emocional que a música pode induzir. Em função das características intrínsecas da música, são propostas duas categorias: activação ou relaxamento. Na literatura, são normalmente utilizadas peças do repertório europeu; no entanto, não se sabe se é possível obter efeitos semelhantes utilizando peças de um repertório culturalmente mais próximo da população argentina. Para abordar esta questão, foram realizados dois estudos para investigar as características musicais e emocionais de peças do repertório europeu comummente utilizado na literatura (estudo 1) e uma selecção de peças latino-americanas (estudo 2). Após uma análise dos aspectos musicais, 46 (estudo 1) e 252 (estudo 2) participantes argentinos avaliaram cada peça numa escala de nove pontos, indicando quão excitante ou relaxante (excitação) e quão feliz ou triste (valência) cada peça era. Os resultados mostram que as relações entre os parâmetros musicais e o efeito emocional podem variar em relação aos relatados na literatura. Em termos de impacto emocional, não foram encontradas diferenças por origem. Estas descobertas indicam que as peças latino-americanas seleccionadas induzem estados comparáveis às peças europeias comummente utilizadas, permitindo-nos ter ferramentas de investigação que estão mais próximas da população.